LINHAS
Nas palmas das minhas mãos
há um emaranhado de linhas.
Há desenhos subjetivos,
destino imprevisível
lido por quiromantes.
As minhas mãos são ferramentas,
são nelas que empunho a pena,
que toco, que sinto o tato,
que acaricio, que também afasto,
são meus instrumentos de labuta.
Olho para as linhas não as decifro,
não tem pregas simiescas,
parecem ser tão perfeitas,
mãos não sindrômicas,
mas mesmo assim eu duvido...
Que mãos são perfeição?
Que síndrome é crítica condição?
Quem pode revelar os traçados das mãos?