O Criador



Deus é inevitável.
Deus é irrevogável.
Deus é amor,
porque embora bastando-se,
ainda assim nos criou.
Deus é saber integral
e nós ,ignorância
em busca do conhecimento da verdade.
Deus é senilidade e eterna juventude
e nós, jovens envelhecidos pela rebelião.
Deus é glória por si só,
não dependendo da glória humana
que lhe dedicamos.
Deus existe por si só,
entretanto a arrogância humana
julga-se capaz de removê-lo por decreto.
Deus é sagrado por si só,
não depende do pedantismo das religiões
que pensam-se suas proprietárias.
Ou seja, Deus é todo,
embora ignóbeis parcelas da humanidade
julguem-se capazes de retê-lo apenas para si.
Deus não precisa da nossa fé,
somos nós que necessitamos dela
para chegarmos até Ele.
Deus nos fez pela graça,
mas nos deu livre arbítrio e a Sua Lei.
Infelizes daqueles que se julgam sábios
e que julgam se bastar,
pois que, reafirmo,
somente Deus basta-se.
Deus é presença e não está,
pois simplesmente É.
Deus é o que ignoramos,
mas que pressentimos.
Deus é poder ,e esse poder é o Amor.
Enganados estão
os que pensam haver poder no ódio.
O ódio apenas destrói aquilo
que não tem capacidade de criar.
Pois é Deus o único criador, é criação.
É gênese e a própria obra.
Deus é grandeza e infinita imensidão;
nós, ínfimos e limitação.
Daí a dificuldade de nossa ignorância
em desvendar o próprio saber.
Daí toda filosofia e teologia
ser apenas parcela da verdade.
Daí Ele manter-se oculto,
embora esteja em cada um de nós.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 19/04/2009
Reeditado em 27/02/2020
Código do texto: T1547796
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