SÚPLICA DA ALMA
SÚPLICA DA ALMA
Juliana S. Valis
Às vezes, a alma suplica o amor como o mais lídimo escudo,
Mas não sabe exatamente para onde ele foi, para onde ele irá,
Onde ele está, ou se ele se esconde no silêncio tão mudo,
Como se tudo de humano pairasse no abismo entre o céu e o mar,
Como se o mundo insano girasse no som mais agudo
De uma sinfonia sublime que alguém esqueceu de inventar,
No dia em que o nada estava cheio de nós, e cansado de tudo,
Cansado do abismo entre a luz e o olhar.