Há no ar...
Há no ar um quê de mudança...
No meio de uma efêmera lembrança
A nos trazer recordações de criança
Um vai e vem febril dos sentidos...
Que prenunciam incontidos gemidos
Sentimentos partidos e também doídos
Aromas, vestígios, desejos desmedidos...
Tudo produto oriundo de um recôndito canto
Há no ar um quê de esperança...
Fruto de labuta da sábia ciência
Anunciando a era de um novo tempo...
A nos clamar um melhor uso da consciência
É o sonho tomando lugar da quimera
A realização do que se mais espera
Que se prenuncia a todo o momento...
Silenciando a ânsia a qualquer contratempo...
Há no ar um quê de você que clama...
Produto da sua reflexão soberana
Trazendo o sol adentrando as persianas
No rugido e sibilo exibido do vento...
Que trás em seus reclames e lamentos...
A fase das substâncias vestidas num manto
De palavras tuas que abrandam o pranto
Há no ar um que de amanhã...
Será que virá nos trazer o maná de se amar
Que entre nós mal se pode aqui esperar...
Eu torço, eu rezo... Para logo o dia chegar
E ficar assim: Eu contigo e você comigo!
Tendo os lábios nos pés, pescoço, umbigo...
E beijar, beijar e beijar VOCÊ...
Nos meus, nos seus... Beijos mais atrevidos!
Dueto: Carmen Cecília & Hildebrando Menezes