Poeta da alma

Eu já ordenei ao meu cérebro que pare

que me dê sossego e me desampare

Eu só quero dormir uma noite em paz

sem ter nos ouvidos, palavras, zunidos

ideias, esboços, rascunhos e tais

que martelam cá dentro e me atormentam

Sob esta tortura, não tenho descanso

Não quero sentir mais inspiração!

Parece que alguém me dita ao ouvido

aquilo que escrevo, aquilo que digo

e me condenou a este destino

de falar de amor, de luz e de calma

e talvez por isso, já alguém

me chamou "poeta da alma".

Fana
Enviado por Fana em 29/03/2009
Código do texto: T1512243
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