Ignorância
Não sei a que anjos indagar da aurora.
Não se por que anjos invocar a aurora.
Não sei a que anjos atribuir a aurora.
Não sei, como os anjos, repousar na aurora,
ou, como eles, esperar da aurora.
Não sei entre que anjos repartir a aurora,
nem por quais deles abrandar o ouvido
e escutar, atento, a música atemporal do Infinito.
Não sei ante que anjos inquirir a aurora,
nem junto a quais deles defendê-la deles.
Não que anjos vão me assegurar a aurora,
vão me dá-la rindo, acorrentando-me assim...
Nada sei; contudo, sei que tenho uma aurora
a explicar aos anjos, que são bons,
e às demais auroras, que são neutras.
E isto é tudo o que sei, tudo.