PRA NUNCA MAIS CHORAR

Subiu... leve como uma pena,
Como um sonho de poeta,
No embalo da brisa serena,
Em busca da paz concreta.

Além da via Láctea – plena,
Foi recebida com festa.

Por um coral de magníficas vestes,
Acompanhados por uma afinada orquestra,
- Bem vinda ao país celeste!
Exclamou um querubim com uma estrela na testa.

E suavemente a conduziu,
À presença Divina,
Olhos nos olhos; o Mestre sorriu,
E abraçou fortemente a menina.

Que nunca mais se lembrou,
Dos tempos aqui mal traçados,
De quantas vezes chorou,
Sob o domínio de um pai desequilibrado.

De quantas vezes alimentou,
Seus desejos alucinados,
Que de tanto sofrer a alminha não suportou,
E deixou o corpo calado.