Descoberta.
Descobri.
Descobri que somos estereótipos malvados e sem cor.
Descobri que passamos a vida andando sobre trilhos mal-traçados pela dor.
E somos a própria dor: o legado da nossa miséria!
Somos a intempérie do amor, o fardo da matéria!
Somos. E passamos a eternidade a ser.
Somos todos vilões.
Somos da vida os foliões.
Somos para morte os grilhões.
Somos em valor, alguns tostões.
Somos vida, sem viver!
Onde está a diferença?
Está na palavra de cada crença...
Está na distinção de cada ser!
Descobri que passamos a eternidade tentando ser
o que a cultura sempre dita.
E passamos, sem perceber,
a destruir o que a vida mais edifica: a humanidade.
Verdade.