Descoberta.

Descobri.

Descobri que somos estereótipos malvados e sem cor.

Descobri que passamos a vida andando sobre trilhos mal-traçados pela dor.

E somos a própria dor: o legado da nossa miséria!

Somos a intempérie do amor, o fardo da matéria!

Somos. E passamos a eternidade a ser.

Somos todos vilões.

Somos da vida os foliões.

Somos para morte os grilhões.

Somos em valor, alguns tostões.

Somos vida, sem viver!

Onde está a diferença?

Está na palavra de cada crença...

Está na distinção de cada ser!

Descobri que passamos a eternidade tentando ser

o que a cultura sempre dita.

E passamos, sem perceber,

a destruir o que a vida mais edifica: a humanidade.

Verdade.

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 23/02/2009
Código do texto: T1454386