Fantasia
Fantasia
Voar sem asas e ir onde nunca ninguém foi ou imaginou seguir.
Simplesmente ir, ao som do cravo barroco vindo da névoa que encobre o castelo.
No elo perdido, poder brilhar sem forma acima dos penhascos estelares.
Voar até alcançar os mares de Antares.
Chegar na penumbra de idos jantares medievais
Ao queimar de velas em brilhantes castiçais
Acordar entre acordes de magia e segredo,
Não ter mais medo... e apenas rodopiar no ar e realizar a fantasia
Poder flutuar sobre as muralhas do reencontro, bocejar e adormecer no feno e nas palhas.
Libertar os compassos e os adágios,
Refazer os laços, quebrar os grilhões das masmorras e colorir os presságios ...
Presto, Allegro em sintonias de recitativas fugas do ir e vir...
Chegar ao nada após cruzar a longa estrada.
Apenas chegar a este lugar, chegar, voltar e ir sem ao mesmo existir
E poder colher a sua constelação, ser o sonho e a própria ilusão,
E na realidade da fantasia, anoitecer no raiar de um novo dia...