Sonos
Deito em qualquer cama
buscando só um bom sono
Simples inércia
para o descanso do corpo
Ou noite de medo
pelo pesadelo sem dono
Alívio na madrugada
dos sonhos de garbo
E no descanso
o braço de ferro é o patrono
A mente pára ou desliza
conforme o fardo
Dormir é fazer caminho
num rumo cigano
Acordar é a vida
que não perdoa retardo
Um último sono não passa
De um ledo engano