MONSENHOR DEOLINDO COELHO
“Abênça pade Deolindo!”
era assim que dizia
a matutice do pobre
com lastros de cortesia.
Se alguém lhe tocava a mão,
outros a beijavam então,
pediam-lhe a intercessão de Deus
para a cura de um irmão.
Reverentes suplicavam
o perdão na confissão,
tantas vezes requeriam
para um enfermo a unção.
-Servia bem, com alegria,
sem nunca arder-lhe a feição,
igual esmero imprimia
à tão grandiosa missão
de levar aos filhos: luz,
requinte, amor, devoção;
foi seu grandor revivido
a cada dia com emoção.
Verdadeiro seguidor
de Cristo na vocação,
Vigário amado e feliz
viveu entre nós então.
Resoluto, enfim, se fez
soldado, da fé guardião;
esplendor, saudade e glória
deixou-nos no coração.
Que seu exemplo de vida,
se transforme em oração.