voz no infinito...
Um tapete dourado
Bordado de luz diamantina,
Todo belo,se atira na extensão,
E vem beijar o mar exaltado.
Esse,abraça o céu de luz purpurina,
E, desmaia de prazer noturno...
Tamanha é sua comoção.
Tudo é perfeita harmonia,
Tudo é beleza sem par.
Exaltação da grandeza,
Perfeita simetria
no espaço a reinar.
Mas, toda essa beleza
A quem vem saudar?
Aì,contemplo o firmamento,
E, o vejo firme na extensão,
Rico,de lindas estrelas ornado.
Então,desço os olhos um momento,
E me deparo no confuso aluvião
que o homem retem angustiado...
E,penso,o que nos falta afinal,
Por que sofremos dilacerados
Nesse paraíso encantado?
Buscando respostas,abro o jornal,
Tenho tempo,hoje é feriado.
Posso enfim ler sossegado...
Na página primeira estampada,
A resposta ao alcance da mão:
Mortos, feridos,por...Nada
Até por brigas do timão,
Por heranças,poder,sei lá o que...
Então entendo! ninguem olha o céu,
Ninguém mais o vê....
Se olhassem,veriam além do véu.
Alguem,lá em cima tudo isso fez,
Enfeitou,jogou ouro no infinito,
Como, a gritar de uma vez,
Num grande poderoso grito:
Olhem o céu,tirem os olhos do "chão"
Sejam homens,cultivem o espirito,
Vejam minha Luz na imensidão,
Ela vos chama ao amor e ao perdão!