REALIDADE

Efetivamente existo, sou razão, sou matéria.

Posso ser nua e crua, porque sou verdadeira

Sou o equilíbrio, o eixo, o tempo presente, o pé no chão,

Entre ser o feijão ou o sonho, sou a primeira opção...

Porque sou evidentemente palpável

Sou dual da ilusão, quando ela se torna decepção...

Então me chamam real desilusão.

Posso ser a nuvem que passa e a lua que brilha,

No que elas têm de mais concreto, a solidez.

Minha visão não é poética...

Meu romantismo não é lírico...

Meu espírito é racional.

Filosoficamente sou explicada pela lógica

Sou a coerência do raciocínio das idéias

Sou constante no assentimento, na certeza,

Juizo assertórico, razão, ponderação,

Meu pragmatismo pode não ser prazenteiro,

Mas sou de real valia.

Apesar do meu dualismo com a ilusão,

Não compactuo…Sou o que sou!