Eterno buscar

Eterno buscar

Por quantos bosques eu realmente andei, ao som de violinos e violoncelos e vozes angelicais em arpejos que nunca tiveram fim

Vim novamente, errante como astro sem órbita, orvalho da flor que escorre inóspito ao anoitecer em busca do teu amor. Entretanto, sorrateiro e bucólico – guardado melodioso - eternizado em algum canto qualquer do universo

Já Fui Silêncio entronizado, em música inesperada, vinda de um acorde ocasional, notas de uma alegria perdida

Então, Refiz a vida, solitário - entre sonhos de uma luta em outro tempo - em nome de um rei desconhecido, ao cair da tarde distante em descompasso, mas, ao soprar do mesmo tempo...

E Cavalguei lento ao longo do verso em tantas esferas, em diferentes eras...

Às vezes me dobrei à tristeza e por outras fiz da saudade meu escudo, meu elmo, minha bandeira cruzada, estandarte de fé, minha única verdade.

Em panteões, pelo caminho, esparramei o vinho

E muitas vezes sozinho, voei ao lado dos dragões , ergui a espada pela taça sagrada.

Senti o crepitar do fogo, tive medo do vento, mas, mesmo assim avancei.

Quase morto, Cruzei o espaço a procurar o conforto do teu etério corpo

E ainda repousando à cada noite alta, em antigas odisséias, hoje, acredito em panacéias, sinto a tua falta, na busca sem trégua pela nossa estrada...

E, vidente, médium ou viajante templário, longe da fortaleza, tenho essa doce certeza: o saber que o teu bem-querer bate forte como espécie de encanto em algum canto qualquer...

Estás de branco, menina e mulher, olhar esverdejante entre a terra, o céu e o mar, estás em um lugar abençoado, espécie de Shambala, Agharta, que não sei o certo precisar.

Sei que És infinito acalanto, companhia ausente, que apenas se sente, último juramento de cavaleiro andante.

Agora, refeito, sei em meio ao teu conforto, que minha jornada por tantos bosques vai continuar

Uma vez mais, retomarei a caminhada secular, ao som de violinos e violoncelos, ao escorrer do orvalho, ao transpirar da seiva no cedro e no carvalho

Cavalgada Sempre serena, silenciosa e incessante, sina de cavaleiro andante , eternamente, eternamente a te procurar....

andyfrança
Enviado por andyfrança em 01/02/2009
Código do texto: T1416956