Infinito

Manifestar-me-ei
Nos teus livros da estante
Nos teus discos
Nos versos que alguém cante
No suave perfume da rosa que cheires
No lençol que cobrir teu corpo
Nos sonhos que sonhares
Pensando serem teus

Manifestar-me-ei
No sorriso dos filhos
E nos filhos dos filhos meus
No ocultamento indiscreto
Do seu lado incorreto
E no âmago das questões
De todos os camafeus

Manifestar-me-ei
Nas luzes que acendes
Nas águas correntes
Em bocas e dentes
Na música que toca
Na língua
E nos lábios teus

Manifestar-me-ei
No teu álbum de fotos
No gosto amargo do teu café
Nos filmes e lugares
Nos ares
E nos mares
Desse mundo seu

Manifestar-me-ei
Em cada saudade
Em toda possibilidade
Em cheiros,
gostos,
sons
e em pele

Manifestar-me-ei...
Mas não te rebeles,

nem me reveles!
Porque amor infinito
Ultrapassa o senso do dito
E torna tudo novamente vivo
Até mesmo o que todos dizem
Que já foi... Que já morreu.

 

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Oscar Calixto
Enviado por Oscar Calixto em 29/01/2009
Reeditado em 27/05/2023
Código do texto: T1411275
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