Cabeças brancas
Cabeças brancas
Cabeças brancas, jovens crianças rumo ao amanhã de um novo dia
Não se preocupem com o fim, pois a jornada é uma única via.
O tempo tem tempo pra ainda ouvir as cantigas do vento.
As ondas quebram no rochedo, a cada espasmo de serenidade
E na momentânea traquilidade do mar, não existe o medo, não importa a idade...
O vai-e-vém é sinfonia, simetria de notas quase perdidas, sabedoria adoremecida, banhando teimosamente a caminhada...
Cabeças brancas, não tenham vergonha de sentir saudade
De derramarem lágrimas, no remêmoro de tantas histórias, tristezas e glórias despercebidas.
Pra quê temores inúteis??? Rancores agora devem ser esquecidos, ódio e mágoas removidos e as dúvidas perqueridas.
O velho barco pode zarpar...
Voar, navegar, pular, correr e atingir, ILUMINADO, o Além-Mar
Nas profundezas do oceano, também existem nuvens brancas, densas e próximas da paz
O sonho, na verdade, nunca envelhece, é onda incessante, prece eterna que adormece na beira dos cais
Estrelas são eternas companheiras, iguais gaivotas solitárias cortando o etério
Cabeças brancas, tenras crianças, sem saber, sempre decifrando todo esse mistério...
Dia 16 de junho/00- Apenas uns versos estelares, fragmentos do Tudo, do Amor e da verdade
Meu respeito e gratidão aos guardiões seculares do tempo. Aos jovens celestiais , nos quais incluo meu pai Cezar França de 73 anos.
Hoje meu pai está em outro tempo, em outro lugar, em outra Esfera da Imensidão Crística, mas habita meu coração e minha mente, não está ausente....