CRÔNICAS DA NOITE - SONHADOR UIVANTE
Véus do Ocaso que reluzem
Breu exato com idem Brilho
Forças novas que produzem
Vigor que deveras rompe o Grilho!
Gritar, Céus, urrar!
Dizer ao Mundo o que ele esconde
Contar, livre, e incomodar
Com a Verdade que ninguém responde!
Diga, Noite, o que abafam
Ofusca a Moral farsante
Inala o cheiro que por prazer exalam
Esteja perto do Sonhador uivante!
São sádicos, Donzela, mas lhes falta o sorriso
O que são, ocultam por temor mortal...
O que não sabem, Noite, é que sou meu juízo,
E sempre que preciso, confesso ser mortal!