Os brilhantes que ora vejo, eu os queria.
 
Pequenos, raros
Suaves, caros
Lindos e mimosos
Delicadas jóias sobre veludo negro
A ofuscar meus olhos, de tal forma preciosos.
 
Os brilhantes que ora vejo, eu os queria
 
A adornar meus cabelos, me fazendo bela
A enfeitar meu semblante a chamar amores
Tornando em mágica, delirante donzela
Sentindo a embriaguês do amor em cores.
 
Os brilhantes que ora vejo, eu os queria
 
A enfeitar meu colo em seio arfando
Como gotas de orvalho em harmonia
A fazer o meu amor sossegar chorando
Assim aos meus pés, eu o teria.
 
Os brilhantes que ora vejo, eu os queria.
 
A anelar meus dedos em terno enleio
A apossar-se da pele em riso angélico
Como um talismã fraterno, que creio
Tocando-me a alma em vítreo, gélido
 
Os brilhantes que ora vejo, eu os queria.
 
Em toda a minha vida, eternamente
A ofuscar as luzes que eu via
Em todos os dias, ah! Alma demente
Olhando o céu de negro veludo
Lá estão poderosas
As estrelas cadentes.
 
Em total delírio
Os brilhantes que ora vejo, eu os queria.
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 21/01/2009
Reeditado em 25/02/2009
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