AMOR - FADADO AO ESQUECIMENTO




A vida se resume:
Hoje, a este belo entardecer;
Da minha janela, ouço e vejo os pássaros no retorno aos seus ninhos;
Também ouço o rugir das naus de reboque, que anunciam a chegada de mais um navio, vindo do longe, ou, do perto – Mar.
São navios carregados de sentimentos e saudades,
De feridas ainda abertas, ou de feridas curadas, e não esquecidas,
São navios transportando, sonhos, tormentos e homens...

A vida é tudo; nestas flores que percebendo o ausente sol,
E a presente sombra da noite; se fecham e dormem...
Sonhando... com ferrões de abelhas,
E fadas brancas esvoaçantes, feito borboletas...

A vida é dor: É a sirene; no inicio longe e agora perto, ‘tão perto, que a vejo
Sinto os tremores e a angustia do socorrido; da minha face, verte a lagrima:
Do sentir por alguém que jamais vi em maior sofrimento.

A vida se resume; no beijo dado, quando ele parte e ela fica no portão...
E com ele vem à noite, que com ela fica e a tristeza é tamanha, que com ele choro;
No cais,
Na fabrica,
No armazém...
Além da fumaça há um sorriso de mulher na face de um homem.

A vida se resume na partilha:
De uma garrafa de aguardente;
De um cobertor fétido, cuja cor é ausente,
De uma marquise,
De rasgo de uma pizza, requentada no sol causticante. (Agora poente).


A vida se resume:
Na menina graciosa, com sua bicicleta rosa
Sua tez morena, sua boca pequena e seu sorriso gracioso
Que alcanço e prendo em meus olhos e difuso em meu coração.


A vida é tudo; e tudo é este instante, agora encerro meu livro,
Fecho meus olhos; e a vejo e o vejo
E este instante da  tua vida nunca mais se repetirá!



Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 16/01/2009
Reeditado em 16/01/2009
Código do texto: T1388684
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