Lacamarc em Ursa Maior
Lacamarc em Ursa Maior
( E de repente, acontece o despertar da consciência selvagem, védica, angelical e celestial em Lacamarc. Que os tronos, elementais e São Francisco abençoem, projetam e guardem as criaturas das pradarias de Deus...)
Estradas de luzes sem fim iluminam a derradeira caminhada
Flores campestres abrem em meio ao pólen da liberdade e da solidão.
Lacamarc repousa nas dobras da Galãxia-Mor, ao longe apenas Ursa Maior
Na janela, debruçados na ciranda sananda uma fada sem codão, uma bruxa strega siciliana quase cega que tudo enxerga que tudo percebe que tudo sente..
Ursa Maior na carruagem de fogo está guardada na mente pelo último monge...
Lacamarc sai de trás das nuvens, da poeira cósmica, brilha alva e cristalina
Prado celestial, santuário esquecido, perdido por um tolo trono protonauta.
Tarda, mas vem um medieval astronauta de armadura prateada..
E a criatura alienigena recorda que um dia foi alada
Levanta a poeira cósmica..
Pégasos agônicos aceleram alucinados o tropel
Espirais espreitam velhos astros que não brilham mais
E os mesmos pégasos agora salutares
Recordam Ursa Menor, Cassiopéia, Belatrix e Antares
Nem percebem que ainda são seres alados.
Perdidos, ofegantes e feridos disparam nas pradarias do Céu
Buscam cansados, pelas escondidas raízes,
cicatrizes que mutilaram asas imensamente brancas
São cavalos selvagens inconscientes cavalgando entre imagens
Lacamarc na Terra, Lacamarc em Ursa Maior, universo paralelo
Alinhamento planetário, etério e o fio terra, um só momento
E o galope estelar encontra a LUZ
Reluz a eternidade...
Não existe mais saudade tampouco solidão
Cavalos selvagens de Lacamarc agora são novamente pégasos estelares
Cavaleiros de branco, mestres de Antares reverenciam a revoada
Estradas de luzes sem fim iluminam a tenra caminhada...