Corpo do poeta...
Carrega tatuagens aladas, na mente o infindo
No coração a melâncolia da indubitável poesia,
Do vernáculo pulsando as letras. Pontos vindo
das virgulas do imo, irrigando a verve na valia...
O arcabouço arritimado, irriga artérias em códigos
Expirados que inspiram no ar, e ao fenecer latejam
Girando eixos das fantasias. Revertidas em soídos
Perdurados, comunicam-se mil vezes e versejam!
Morrendo, sobrevivem à verdadeira assepsia da natureza
Renascem em estros, com e sem todas as regras e rimam,
A dor abstrata convulsa ! Eternas aleluias lidas na tristeza.
Devoluto composto, perpetuando formulas convivas
No dorso da memória! Ressuscitam papiros os bardos
A pena, é lenda viva! Elegias em lapides ora descritas...
No corpo do poeta!
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
10/4/2006
Luís de Camões. Gravura em cobre de Fernando Gomes. É o único retrato do poeta reproduzido do natural. BÊNÇÃOS POETA !