Eu SOU o Silêncio

Eu SOU o Silêncio

No mesmo pulsar, na mesma chama trina, na musicalidade invisível do universo, buscando pela mais Sublime Evidência

EU SOU magnificiência das irradiações angélicas, SOU Crístico brilho das estrelas e SOU pueril perfume das flores.

Eu Sou o Silêncio, Eu Sou o Silêncio, Eu Sou o Silêncio

EU SOU O Silêncio que não distancia, Silêncio da Chama que aproxima, conforta...

EU Sou a Verdade, Eu SOU a verdadeira Porta

Eu Sou o Silêncio da mão que não se ergue, mas o Silêncio da mão que Cura

EU SOU o Silêncio que vem dos Montes, de Luxor, de Shamballa, EU Sou o Conhecimento da Qaballah!!!

EU Sou o Silêncio da Energia, da Emanação Fraterna, EU SOU o Silêncio da Vida Eterna. EU Sou o Silêncio da LUZ, da Vitória do Espírito, do Vôo Abençoado, Eu Sou o Silêncio da LUZ, servo dos Mestres Ascensionados, discípulo de Kuthumi, Instrutor do Mundo. Eu Sou a Paz e Harmonia... Eu Sou pulsação firme, fio condutor do Amor do Bem Amado Jesus.

Tu me perguntas, ó irmão, quando o homem será perfeito. Ouve minha resposta:

O homem se encaminhará rumo à perfeição quando começar a sentir que ele é o espaço ilimitado, o mar sem fundo, o fogo em chama, a luz sempre brilhante, o vento em repouso ou em movimento, as árvores em flores ou desfolhadas, os campos férteis e inférteis, e as montanhas, e os vales.

Quando o homem sentir todas essas coisas, estará no caminho da perfeição.

Se quiser atingir o cume mesmo da perfeição, deverá sentir, quando pensar em si, que é a criança amparada pela mãe, o jovem perdido entre sua aspirações e sua paixão, o adulto responsável pela sua família, o velho em luta contra seu passado e seu presente, o anacoreta em sua cela, o criminoso encarcerado, o sábio no meio de seus livros e papéis, o ignorante entre as trevas de seu dia e as trevas de sua noite, a freira entre as flores de sua fé e os espinhos de sua solidão, a prostituta entre as garras de sua fraqueza e as cadeias de suas necessidades, o pobre entre sua amargura e sua submissão, o rico entre suas ambições e suas limitações, e o poeta entre o nevoeiro de sua tarde e a luz de sua aurora. É quando o homem conseguir experimentar todos esses estados que chegará à perfeição e se tornará uma sombra de Deus.

[GIBRAN KHALILL GIBRAN]