SUBLIMAÇÕES...
Quando as paixões se esvaem
Pelo ar ou pelo ralo que saem
Depuradas, purificadas na embalagem
De passagem, como simples plumagens
Aí... A alma e o coração pressentem
O quanto o ser pode vir a parecer sublime
E não há idade que possa vir aferir...
Nem medida contida... Para medir
O termômetro é o sentimento
Que processa esses belos momentos
Como a filtrar as impurezas e tristezas
De nossas sórdidas fraquezas
Permanecendo só a autenticidade
Que eleva, nos conduz à divindade
Da intenção... Do ato... Do contato
Ao fulcro, objeto do foco idealizado
Passamos então de sepulcros caiados
Fariseus empedernidos e fracassados...
Ao altar da comunhão e do perdão
Onde o homem se interliga e dá a mão
Transmuta, habita, eleva, flutua em união
Como a possuir a certeza e a grandeza
Da mais sutil e singela beleza
Que transmitirá a perfeição do amor
Hildebrando Menezes
Nota: Poema escrito em homenagem ao nascimento de Tainah Oliveira Bado primeira neta de Rosana Carneiro (A PODEROSA)