Mosaícos
Mosaícos
Réquiem de um cavaleiro templário para a princesa da torre
Antigos novos toques, retoques do amor que o tempo teimosamente fez questão de salvar, salvaguardar e na impecabilidade do vento, tão somente e somente guardar e guardar!!!!
E se houve, antes, Lua Cheia, no começo da história...
Por certo agora um perto do outro... Lua cheia haverá nesta elíptica volta, reviravolta das cores em azul e verde e verde e azul, revoada de pardais em cisais da alvorada... à cena da trajetória de toques e retoques de leste a oeste de norte a sul!!!!
E na areia escaldante, um instante repetitivo, claro, cristalino e vivo
No cenário dos templos: cantos e cantigas saudando a princesa e o cavaleiro templário ainda andante
Espectros, sombras e formações em decomposições!!!
E o luzir forte, o norte a sorte o repente, de repente em toques e retoques ao explodir de constelações!!!!
Segredos isentos da culpa e do medo ao flutuar da poeira cósmica, laicos momentos em espectrais raios de mais e mais
Aproximações primárias do azul e do verde agora e sempre no mesmo olhar
E eles - a princesa e o templário - sem saber o que fazer ... quiméricos, sonhadores e loucos, a morrer e a nascer a cada frenético instante, servil, pueril, correto e errante. Na única sintonia, na única toada, do amado e da amada no hipnótico e incessante aflorar
Ao tocar dos delírios, no transe floral, das rosas celestiais e do lírio de papel... novamente o céu,
outra vez, ao romper do véu, o lento tempo que o vento soprou e escreveu
à deriva da luz de prata do luar e à beira da serenidade do imaginário
Novamente, o cultivo do cultivar, o coração a mente a mente e o coração a semente do amor do amor a semente A princesa e o cavaleiro templário...
Na realidade irreal dos sonhos ainda o indissolúvel a frágil forte sustentabilidade do verde e azul e azul e verde do mar
No mesmo mosaico, unidos na íris, a girar o moinho das ilusões...a rodar o catavento das sensações... muitas vezes, em muitas voltas e reviravoltas, do relicário do mesmo novo e antigo e inacabado soprar que ainda vem do mesmo destemido e teimoso mar....
A Inspirar no milagre no ir e vir no milagre do ser e existir.. até o velho barco e o velho pescador a zarpar
A inspirar a velha gaivota e o condenado pelicano a voar e simplesmente voar e a contemplar a derradeira sirena a cantar e a cantar sem parar!!!
Antigos novos toques, retoques do amor que o tempo teimosamente fez questão de salvar, salvaguardar e na impecabilidade do vento, tão somente e somente tão somente... guardar e guardar!!!!
( voltei a escrever depois de longos seis meses, graças a ti que em uma noite sem fim de luar de lua cheia fez renascer e fluir novamente a eterna vontade de continuar na Cruzada, depois de receber de presente uma tênue rosa de papel que célere como a vida feneceu em minhas mãos para sempre,)