Ananda!
Uma música soa magnificente
E me leva ao êxtase onisciente.
Em tudo estou e sou o Cosmos.
Sinto tua alma em minh’alma.
Sinto teu canto que me acalma.
Peregrinando entre luzes do Infinito,
Somos unos e construímos nosso Mito
Em cada pulsar de Estrelas Flamígeras;
Em cada partícula cristalizada nos cometas,
Onde transitamos iguais fugazes labaredas,
Buscando nossa origem nos confins das Galáxias;
Jardinando gélidos asteróides
Dos pensamentos dos humanóides,
Perdidos entre efêmeros mundos.
Brotam poemas nos roseirais de encantos
A cada enluarar dos versos que revelamos
No fragor de veloz lucificar etéreo.
Antevejo todas as futuras terrenas vidas,
Reveladas estão nossas veredas percorridas
De buscadores das revelações secretas,
Reservadas somente aos puros poetas.
Sou hóspede da transparência angelical,
Nada mais penso nem sinto, sendo o Todo e o Tudo,
Divina Canção Celestial do Sopro em Luz, eu escuto
Do Verbo Divino, vibra essa Bem-Aventurança.
© Jaorish Gomes Teles da Silva
– 29/abril/2006.