DOBRAS DO VENTO

Nas dobras do vento, a nossa amizade corre solta como água de riacho dócil, pueril, inocente e selvagem...

Seremos uma bucólica paisagem, um quadro abundante, fértil e cristalino,banhando o infinito...

É um rito torrente, karma, darma. Nirvana, alfa, na mesma corrente...

Cumplicidade vertente, uma espécie de altar, divina devoção.

Amiga estelar, quantas vezes mesmo longe

Fizeste-me silenciosa companhia, maya, alegria.

De eu menino, um monge de túnica negra, entrando em sintonia...

Sino tibetano, suave nas entranhas

Vôo livre pelas alvas montanhas,

E uma cotovia secular, respeitosa, anunciando o novo dia

Tenho certeza, convivemos na realeza, masmorras, fogueiras e castelos medievais

Estivemos juntos em tantas jornadas em minuanos e nos vendavais, idos tempos

Na verdade, somos estranhos amigos, delirando nas asas da realidade

Mas, insistimos e ainda acreditamos em castelos de areia e em adoráveis moinhos de ventos

Amiga angelical, responsável tu és pela reviravolta

Pelo reencontro, pelo despertar

Agora e antes sempre e sempre

A terra, o fogo, a água e o ar

As energias, o canto, o encanto vindos do infindo mar

E tu estás sempre à minha volta...

Trazeis contigo a paz de Cristo, Sharavasti, Shiva, ao som de Amon, Aton, Olho de Hórus, hipnóticos mantras hebraícos, védicos e Bhaj Govidam.

Nosso passado, só quem sabe são as pedras do amanhã .

Lutamos lado lado nas cruzadas, servindo e fenecendo por Ricardo Coração de Leão.

Somos partículas do nada. O tudo e o todo inconsciente...

Sagrado Coração, luzindo na única estrada...

Antiga viagem cósmica reluzente. Apenas amizade na mente

Sempre, Sempre presente...

(Para Leluuan, querida Fada-Madrinha, em uma Quinta-feira de Rafael, 04/02/2000)...

"Milhões de criaturas espirituais caminham invisíveis sobre a terra, tanto quanto dormimos como quando estamos acordados". Milton

andyfrança
Enviado por andyfrança em 23/12/2008
Código do texto: T1349926