ESTRADAS DA VIDA

Quem almejaria ao seu serviço

Uma fatídica bola cristalizada

Que proferisse um flagelo previsto

De uma forma consolidada?

Alguém lá quer saber disso?

A próxima jornada é ignorada

Seja ela a trilha do amanhã

Ou mesmo a fatídica estrada

A morte, embora certa, é vã...

Burlaremos a hora marcada?

Quem sabe mais que cisco?

Quem conhece além de nada?

O tempo corre insubmisso

À importância da empreitada

A vida concederia o permisso?

Dobrada a curva, um novo início...

As paisagens, as mesmas dantes

As paradas, apinhadas de vícios

As beberagens, turvas e nauseantes

Terminais findariam em precipícios?

Somos os mesmos seres errantes

Que transitavam as veredas antigas!

A vida e a jornada são as amantes;

A morte e a estrada, as inimigas...

Respondam: até onde iremos adiante?