Olhos rasos
Onde estou,
Que não me desgraço,
Naquelas vistas que não me vêm?
Na certa,
Divago por reinos,
De antigas quimeras,
Que mais desaparecem a cada dia.
É triste saber que morrem,
Mas é possível viver,
Sabendo-se já desvanecido.
O que posso fazer?
Tudo, desaparece e se esquece.
Posso até deslembrar,
Porém aquela boca e mãos,
Hão de marcar os meus pensamentos quiméricos,
...belos olhos que não me perceberam.