Oitava Obra-Prima!
Perfeitamente, a voz a cantar a canção
Encontra-me em um canto, o ouvinte virtuoso;
E encanta minha mente, a alma e meu coração.
Ouço o ápice, o apogeu e o auge; e eu apoteoso:
Os suspiros dos sons supremos sempre são
Sacrossantos; sublime, e soa suntuoso.
Corais celestiais e astrais e angelicais
Dos vitrais escutais das catedrais vocais...
Das asas de um anjo as pétalas da pena
Nas páginas do livro escrevem a obra-prima
Cuja excelência alcança o nível e coordena
O tributo real que a incumbência sublima
O esmerado requinte e eleve a honra terrena
Pela composição de arte da oitava rima.
Orquestrais rituais reais e ornamentais
E os espirituais musicais recitais...
A ímpar caligrafia eterniza o registro
No acervo edificante e ascenderá avante!
Em cada anotação de meus papéis ministro
Do artista a partitura a qual norteia o instante!
Sons assombrosos! Tons tenebrosos! Sinistro
Anátema e dilema andante e edificante!
Orais cadenciais verbais-memoriais
Os quais idealizais leais e imperiais...
No milenar altar o ancestral pedestal!
Magnânimo o melhor! Magnífico o mistério!
Converte esta vertente em um valor verbal
De um mágico e maldito a um mantra em ministério...
Acende a ave ascendente e ascende o anjo afinal
Nos montes em montanha o maior monastério.
Ellementais crystais fatais e glaciais
De immortais castiçais sagrais e essenciais...
A escala o menestrel à estética no escrito
Por tanto tempo e muito através deste templo
Registrou ricamente o requinte descrito.
Portanto tem, por isso, o plano que contemplo
Neste memorial deste meu manuscrito
Artefato em que eterna arte e fato é-lhe exemplo.
Os existenciais e os dimensionais
Surreais, siderais e ideais hibernais...
Lúcifer, o louvor da lira que obsequia
Os convidados vis do concerto que orquestro
No tétrico teatro; em minha monarquia,
Sou rei e imperador! Senhor e grão-maestro
Da nobreza e realeza em minha hierarquia!
D’estro divino dê-mo diabólico destro.
Ancestrais os estrais espectrais e abissais
Pedestais contemplais de umbrais universais...
A estrela da manhã: ontem, hoje e amanhã!
Sois, anjo e arcanjo! E, enfim, cherubim; seraphim!
Ontem, hoje e amanhã: a estrela da manhã!
Sóis, arcanjo e anjo! E, enfim, seraphim; cherubim!
O início, meio e fim: o alpha e ômega! A arte grã.
O alpha e ômega! A arte grã: o início, meio e fim.
Especiais já mais invernais-temporais...
Infernais-temporais espaciais jamais...
(Angellus Lendarious)