Sopros d´saudades
em dias assim:frios:me recordo
de tal modo que o peito sente sopros d´saudades
Ah!Que maldade deste dia
o sol não esquenta
e a minha morena
inventa que quer chorar
Entalho os recordes e penduro em paredes
Observo o quão triste si é ser sem ter
ter.o que posso ter que quando for embora não deichará vazio?
Sinto frio. Sinto sede. sinto pedra.
mastigo todas elas que se esfarelam e viram pó
pedras-pó
agora tão leves quanto o vento que as carrega
para onde meu amor está.
Ele pode tocar-se com minha essência
,sem saber,
que naquele aspiro profundo que deu-se no meio da tarde
estava uma parte de meu viver,do meu querer,
que recordou no seu peito, o meu peito.
e sem saber sabendo ele me sentirá
, quando o grão da pedra-pó lhe tocar,
e saberá que ainda é presente em minha lembrança.