INFINITOS SONHOS
Quando durmo,
desaparece o valor da noite.
Não há luz, nem calor, só ausência de vida.
Ou existirão magos ornamentando os horizontes?
Estes que derramam o silêncio
sobre as profundezas do mundo.
Uma tremenda sombra
infiltra-se em meu interior
exteriora minha curvatura
agarra-se em minha cintura,
definitivamente
aquece tudo,
brota e reflete a fúria e o calor.
O que fiz lá
do outro lado do dia?
O que aconteceu
ao vazio do sonho sem sintonia?
Minhas lembranças são escuras
e os rastros do outro lado do mundo
perderam-se no esquecimento.
Meus infinitos sonhos
estarão guardados
eternamente
obtusos e codificados
sob uma lápide de cimento.
16/11/2008