PROJEÇÕES HUMANAS
PROJEÇÕES HUMANAS
Juliana S. Valis
Projetando-se o infinito nas estrelas,
No afã de vê-las, o universo é o próprio céu,
Como este verso que, amanhã, sem percebê-las,
Ficará disperso na intrepidez de um mesmo véu,
Vagando, a esmo, pelos cernes de uma vida...
E tão inermes, corações como planetas,
Farão lunetas da verdade camuflada,
Na tempestade entre versos e cometas,
No amor que invade cada alma apaixonada
E devotada aos tantos sons dessas cornetas
Tocando músicas que o tempo já nos brada !
Sonhos, tempos, projeções sem calma,
No alvedrio lídimo que ultrapassa a dor,
Vejam o próprio rio a desaguar na alma,
A desaguar no ápice do que seja "amor" !
Amores, versos, projeções de luz,
Nas incógnitas humanas deste mundo insano,
Quão profundo é o sonho que esta paz conduz,
Ao próprio âmago do que seja "humano" ?
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poema registrado por Juliana S.Valis, copyright.