Memórias do Paraíso
Aqui espreguiçado... Estirado na areia
Olho o mar vindo acariciar os meus pés
Vislumbro ondas distantes e espumantes
Parece dançar encrespadas e sincronizadas
No céu azul anil as nuvens brincam faceiras
Formando desenhos tal qual espuma d’água
E o sol beija atrevido a minha pele branca
Agradeço pelos raios de seu calor e ternura
Enquanto isso os coqueiros balançam e tremulam
Como a provar toda beleza que daqui descortina
Numa verdadeira alegria tal qual doce sinfonia
Do namoro da paz... Amante da eterna magia
No silêncio obsequioso do cordial sopro do vento
Como a candura de uma leve voz me acariciando
Não resisto e quedo diante teus versos chamando
O que parece é que tuas letras brincam pulando
Querendo pelos meus olhos fixar o momento
Aí sonho teus braços vindo ao meu enlaço
E no miolo dessa moldura pinto e bordo o amor
Incontido que estou no fogo ébrio do ardor
Volto a me ver em teus braços te amando
Sentindo o teu inebriante cheiro entrando
Domando e acendendo a volúpia sedutora
Em que tomo a tua boca junto à minha
Mordo faminto e leve os teus lábios úmidos
Enquanto minha língua roça e engole a tua
Respiro bem fundo ciente do instante único
No epílogo suspiro por felicidade tão lúdica.
Hildebrando Menezes