Á Deriva...
 
Despedidas acontecem, em estradas turvas da vida...
Acenando com o lenço branco... A esperada partida.
Nas curvas, se desfazem os laços e atam-se os nós.
Percalço corrompe o sentimento e joga ao espaço.
 
Na eternidade que iluminava o santuário,
Distanciando corpos dos cúmplices desejos;
Do amor, dos abraços, dos doces beijos.
Sem o vinho, os cálices antes cheios... Secaram.
 
Desfeitos das cores, o coração vestiu a carcaça.
A alma acinzentada tornou-se lasciva,
Desviou-se do destino... De sua trajetória.
Outrora vibrante e cheia de esperanças.
 
Na incerteza... Perdeste a batalha.
Não foi a luta... Alimentou a covardia.
Acuou... Perdeu... Desistiu... Deixou passar.
Quando o amor acaba... Entrega-se a deriva.


Essência de Tempestade
Enviado por Essência de Tempestade em 28/10/2008
Reeditado em 28/10/2008
Código do texto: T1251768
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