Ambigüidade.
Autor: Daniel Fiúza.
23/02/2006
Eu andava de mãos dadas
Com quase tudo ou nada
Misturando a nova vida
Com a vida ida passada.
Flutuando numa folha
Dentro da transparente bolha
Com pouca ou nenhuma escolha.
Larguei minha mão da mão
Prestei muito mais atenção
Acordei e desci da folha
Tirei prontamente a rolha
Da fria e fatídica bolha.
Tomei uma injeção de saudade
Receita de felicidade
Na minha veia poética
Me curei da vida hermética.
No poema que componho
De ave Maria e santo Antonio.
Portal da ambigüidade
Tropecei no velho sonho
E cai na realidade.