Enigma
Descobri agora, a pobreza
dessas minhas palavras,
a insensatez dos verbos;
porque enquanto calavas,
dizia eu, esses versos.
Acho agora até, que sou
aos teus olhos, enigmas,
desses que perseguem
muito mais que estigmas;
marcas que se escrevem.
Enfim, acho que escrevi
sobre a vida e eu, tudo,
porque quis chegar em ti.
Quero morrer, sem ser mudo,
sabendo por quem morri !