Filosofia das Paredes
Elas tão caladas e paradas me fazem versar
Sem intensidade, mas pelo fato de falar
Apenas para quem nunca vai escutar
Ou quem sabe vai saber profanar
Meus versos calados e sem brio inebriado
Por hora cansada e fadada ao acaso
As paredes que agora me falam
Gritam o meu sentir abafado tão alado
Frias e quentes pelo amor latente
Do gozo que agora está ausente
Reflete-me a dor que o coração sente
Em que os corpos somente compreendem
Ah se as paredes falassem...
Não contariam muitas coisas a nós
Apenas o que já sabemos
E não queremos crer...