Entrelinhas

Quando se morrer

Pessoas transitarão por núcleos

Na sobreposição do poema

Que a vida escreve várias vezes

Enquanto na galáxia do múltiplo

Entoar a canção de nascer

Quando se morrer

Pessoas transitarão nas noites

Contando mil e uma histórias

Contarão biografias

Magias que se desprenderão das estrelas

Talvez, nas entrelinhas

Na repetição do imperfeito

Na garantia da dor

Para se perpetuar

Nas vozes doces do amor

Na construção da alma

Da vida de uma cidade

E o que acontecerá na cidade

Serão transformações imensas

Será o interpretante final

Na vida de cada um

Quando se morrer

Efeitos morais e físicos

Sem tragédias, sem dores

O sorriso chegará

Transformações...

Em BeloHorizonte, 21 de maio de 2005

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 04/10/2008
Reeditado em 30/11/2011
Código do texto: T1210670
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