S
MARIA ANTONIETA
Não sei porque deva me preocupar,
ah, não quero pensar no zé povinho
Há tanto baile... o salão de espelhos
o meu belo vestido de faille vermelho
e o meu cabelo loiro, bem empolado.
Eu prefiro as festas... e um bom vinho,
dançar a valsa ... e dançar um minueto.
Saber as intrigas de lordes e viscondes...
e o que, de mim, cada um deles esconde.
Descobrir o nome de tal nova marquesa,
aprender ligeiro a compor uma boa mesa,
escolher os leques...e os anéis de diamante
- ah, é claro, também ver o meu amante!!
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E, oras/bolas, se há, de fato, pouco pão,
não, não me venhas passar um sermão!
Dá-lhes de teus brioches tão famosos -
ó, eles nem sabem como são gostosos!!?
Vai... contanto que não mais me amoles,
sabedor que a pessoa com quem tu falas,
não é uma tola mulherzinha, nem obsoleta.
Sou do país (a bela França) a nobre dama -
uma doce senhorinha: sou Maria Antonieta!
E caso, um dia, eu vá morrer numa guilhotina,
não me faça hoje, por favor, nenhum drama,
deixe-me ser agora apenas essa alegre Rainha.
Poema de Silvia Regina Costa Lima
1 de outubroo de 2008
HISTÓRIA
Maria Antonieta de Áustria (Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena) (Viena 2/11/1755 - Paris/1793), arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França de 1774 até a Revolução Francesa, em 1789.
Maria Antonieta era a filha mais nova de Maria Teresa de Habsburgo e de Francisco Estêvão de Lorena, os imperadores da Áustria. Sua formação foi católica conservadora rígida.
Casou-se aos 14 anos de idade com o delfim francês Luís Augusto, que, em 1774, tornou-se o rei de França, com o nome de Luís XVI e foi o corolário de uma política que visava a reconciliação da Casa de Habsburgo com a Casa de Bourbon.
Maria Antonieta exerceria influência política na França. Tornou-se rainha com dezoito anos, 4 anos depois, quando o seu marido foi coroado rei.
No início da sua vida em Versalhes, num piscar de olhos, ela criou uma certa "fantasia". Dispensou algumas damas de companhia, e povoou a corte de gente elegante. A Rainha organizava corridas de cavalo, e se divertia em passeios de carruagem.
O que mais a fascinava eram as festas das noites parisienses, e a animação das mesmas. Freqüentava óperas, teatros, e bailes onde as mulheres compareciam mascaradas, e se misturava com plebeus, sem ser reconhecida.
Luís XVI não se incomodava em deixá-la ir se divertir sem ele. Ela interessou-se pela filosofia política, história, e literatura, patrocinando autores como Mercier, um dos primeiros dramaturgos do teatro romântico em França. O período antes da revolução foi de grande atividade literária, sem qualquer censura. Em 1788, a tortura chegou a ser abolida.
O povo a amava mas ainda era vítima de piadas por não gerar um filho.Mas, em 1781 Maria Antonieta teve sua primeira filha, Maria Teresa Carlota.
Luis XVI, seu esposo, deu-lhe o célebre Petit Trianon, um palácio de pequenas dimensões nas imediações de Versalhes, o qual denominou "novo refúgio", uma "mini-villa" campestre e Maria Antonieta tornou-se mais simples. Ali conheceu o conde Fersen, com quem manteve um romance. Este tempo de paz acabaria brevemente, após diversos escândalos do interior do palácio que viraram manchetes políticas, e de um Inverno rigoroso, que destronou a produção agrícola e emergiu a população num autêntico morticínio, devido à escassez de alimentos e ao frio e à fome. Começava o declínio de Maria Antonieta.
Tendo desautorizado as reformas financeiras propostas, os seus inimigos apelidaram-na de "a austríaca", "madame" ou "rainha do déficit".
Atribui-se a ela, uma famosa frase: "Se não têm pão, que sirvam brioches", proferida a uma de suas camareiras certa vez que um grupo de pobres foi ao palácio pedir pão para comer frase, que acabou sendo usada contra ela durante a Revolução Francesa.
A última rainha da França morreu guilhotinada em 1793
Textos coligados e muito editados por mim