POR QUE ESCREVO?
Por que escrevo?
Não sei.
Se soubesse
talvez não escrevesse
sabendo que, por certo, escreveria
o indizível que pensei.
Escrevo o que a alma respira
e o coração dilata
vertendo sangue, suor
e lágrima destilada
no estanque momento da palavra exata.
E o vocábulo em conta-gotas
vem,
ata,
desata,
se queda no papel, como em cascata,
bóia e borbulha em profusão silábica.
Se tudo que escrevi
foi uma pensante errata,
escrevo o que o momento inspira
e a minh'alma retrata.
Hermílio
Por que escrevo?
Não sei.
Se soubesse
talvez não escrevesse
sabendo que, por certo, escreveria
o indizível que pensei.
Escrevo o que a alma respira
e o coração dilata
vertendo sangue, suor
e lágrima destilada
no estanque momento da palavra exata.
E o vocábulo em conta-gotas
vem,
ata,
desata,
se queda no papel, como em cascata,
bóia e borbulha em profusão silábica.
Se tudo que escrevi
foi uma pensante errata,
escrevo o que o momento inspira
e a minh'alma retrata.
Hermílio