Tempo pendular.

Autor: Daniel Fiúza.

26/09/2008

Às vezes me entrego à nostalgia

Entro em letargia, hiberno!

Fecho-me para o mundo

Nem me mexo, fico disperso.

É quando repenso o que penso

Fico tenso, desajeitado!

Dislexo, descontrolado

Deixo o mundo parado,

Descontinuado me dispenso.

Voltam meus vícios, meus suplícios,

Sinto vontade de mudar

Sinto vontade de ousar

De viajar, de gritar,

Mas fico calado.

Torturado, sofro dividido,

Perco a tranqüilidade

O equilíbrio emociona;

Oscilo entre o bem e o mal,

Sem remédio

Sinto tédio.

O cotidiano me chateia

Por coisas novas, diferentes,

Minha alma anseia!

O trivial não me interessa

O inusitado quero ter

O invisível eu quero vê

O improvável eu quero ser

E nesse impossível querer

Eu Preciso viver.