O pardal de Deus
De Edson Gonçalves Ferreira
Para Sônia Ortega e Claraluna
Sou louco como São Francisco
E seu amor desmedido para com todas as criaturas
Mas preciso da Flor do Oriente
E da Flor do Planalto
São as minhas Claras
Com elas, fico nu
Diante do mundo e pronto
Só paa viver o amor sem barreiras
Talvez ninguém me compreenda
Minha gula por Deus é assim: insana
Como meu amor pela humanidade
Se ganhasse todos os beijos e abraços do mundo,
Eu ainda queria mais
As catedrais amorosas
Louco é quem não sonha e não ama
Só os sonhos e os amores consagram
E esse amor não tem meio termo
Por isso, sou o Pardal de Deus, o mais insignificante
Nem meu canto seduz, mas canto
Porque a vida tem que ser canção, pura canção.
Divinópolis, 21.09.08