PANDORA

Celebro a vida de todo ser.

A solidão é tímida, alienante,

rói o fígado, se alimenta da alma,

saboreia a carne feito bacante.

Tudo se regenera ao anoitecer.

Carrega volúpias da infante,

transborda desejos, detém sonhos,

vomita as entranhas da amante.