CONCEITOS HUMANOS
Criamos os nossos sonhos
De acordo com um suposto céu idealizado.
E contemplamos tantos
Marchando de religião e de ciência.
E quantas vezes nos esquecemos
Da simplicidade de um abraço sincero.
Encontramo-nos perdidos quase sempre,
Dentre convenções de palavras e etiquetas,
Mas não conseguimos vivenciar o perdão.
E céticos, vemos os amigos verdadeiros
Sumirem na poeira das estradas, sem um aceno,
Um adeus... e até logo!
E a sós em reflexão a dor é lancinante.
Queríamos uma companhia e geramos só saudade.
Mas o inexorável tempo é ilusão criada pelo amor,
Quando queremos apenas querer por querer.
Não pensamos naquilo que o outrem quer,
Almejamos apenas o prazer e o saciar-se.
Conjugamos apenas o verbo poder e o ter
E jamais se “nós pudermos”!
As mãos só são mãos porque conjugam: As nossas!
Os pés só caminham porque sendo dual, se harmonizam.
Nossos parentes, nossos irmãos, não são o pai, a mãe, o tio...
É apenas o nosso próximo!
Aquele que chega primeiro e socorre a necessidade urgente.
Quantas vezes dissemos que caminharemos juntos
E dispersos tantas vezes nos encontramos?
Quantas vezes professamos o Cristo e trilhamos
Caminhos hediondos? Porque não refletimos?
Queremos mas não buscamos,
Sentimos e não exteriorizamos.
Temos necessidade. Mas não exercitamos
A vontade e a fé. Porque?