Criança
Eu pretendo ver o que nunca quis ter
eu devia cansar andando tanto assim
eu sento na escada, os outros pedem licença
e eu levanto e sigo caminhando
vejo sons e folhas passeando pelo vento
e sento outra vez pra ver o pôr-do-sol
tem uma crianca brincando de fazer castelho de areia
que a onda desfaz de repente
não chore não, anjo
o castelo está dentro de você
não chore não
a sua mão faz quantos quiser
a criança sorri e para de chorar
e constroi outro castelo mais belo ainda
e eu caminho agora molhando os pés
e sentindo a brisa molhar meu rosto
a criança pula em minhas costas
e brincamos na areia sorrindo
e agora sou eu que choro