Criança

Eu pretendo ver o que nunca quis ter

eu devia cansar andando tanto assim

eu sento na escada, os outros pedem licença

e eu levanto e sigo caminhando

vejo sons e folhas passeando pelo vento

e sento outra vez pra ver o pôr-do-sol

tem uma crianca brincando de fazer castelho de areia

que a onda desfaz de repente

não chore não, anjo

o castelo está dentro de você

não chore não

a sua mão faz quantos quiser

a criança sorri e para de chorar

e constroi outro castelo mais belo ainda

e eu caminho agora molhando os pés

e sentindo a brisa molhar meu rosto

a criança pula em minhas costas

e brincamos na areia sorrindo

e agora sou eu que choro

Eder Carneiro Cardoso e Silva
Enviado por Eder Carneiro Cardoso e Silva em 02/03/2006
Reeditado em 03/03/2006
Código do texto: T117685