Flanêur

Sou eu, viajante itinerante das causas incomuns.

Ajo eqüidistante no escuro da noite só.

Só como eu-noite, múltiplo eu...

Sussurro com os carros que me contam casos,

vidas distintas, vidas famintas.

Cubro-me do céu estrelado, intocável

que se tão alcançável não seria céu.

Invisível, sofro feliz por ser assim

Passo pela vida com o gosto de ser saboreado por ela.

Cito

Reflito

Complico e

muito suplico

Para ver da minha passarela mais uma lua.

Jequié, 28 de maio de 2007