estrela triste
Estrela triste
Chora,estrela triste de min’alma,não as dores que,um dia, senti
mas,sim,a vida que não vivi...
Quisera ser arrebatado de mim mesmo,poder fugir de minha desesperança.
Antes,porém, que tudo estivesse consumado ,realizaria o velho sonho de criança ,andar sob a chuva alegre,prazenteira,sentar-me no solo úmido,e acariciar as pequenas margaridas silvestres e, por certo dedicaria palavras ternas àquelas amiguinhas anônimas, irriquietas.”Nunca afastastes dos vossos
berços de nascimento,jamais percorrestes distâncias inimagináveis,mas, para que?O segredo beatífico flui,livre e docemente por vossas raízes e ascende as vossas corolas amarelas.Não questionam a monotonia dos dias a se arrastarem
qual indolente lagarta,pois,percebem os diferentes matizes que a luz solar confere a tudo e a todos...
Pobre estrela triste,não percebes que eu não sou astro cintilante E,sim,pacóvia criatura terrestre incapaz de atingir às vertiginosas alturas à que me convidas?...
Ah!Maravilhoso astro interior,não se compadeça de minha iniqüidade ,reviva teu brilho à semelhança da estrela vermelha de ALDEBARAN.
Amiga sideral vá ter com tua gloriosa jornada ,deixa-me entre pedras e vermes para aprender que um segundo é eterno e deve ser vivido em toda a sua duração.
PERMANECEREI NOITES A FIO OUVINDO NÃO O CANTO HARMONIOSO DAS AVES SILVESTRES ,NEM A SINFONIA
DAS PLEIADES LUMINOSAS,MAS A UNIDADE DOS SONS MAIS SIMPLES,DE UMA gotinha de orvalho me acariciando,o silêncio das entidades mais humildes á reverenciar a chegada da noite.
Obrigado estrela triste por me acompanhar até aqui,porem chegou o momento da despedida...
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