Rubro Rubor

Feixes rubros de suave ousadia

Tímida e inocente, a felicidade

Sois a fulgurante musa, ó lua

Sou a virgem deflorada da tarde

E encantos não podem ser contidos

Alhures a dor é a maior força

Aqui, a coragem passa acima dos medos

O sofrimento não pode se esconder

Rubra, a carne pelo sangue irrigada

Rubra, a face pelo desejo tomada

Rubra, a dor, a morte derramada

Rubro, o sopro da tarde enluarada

Rubro, valor da vida entristecida

Rubro, o não ter a alvorada

Rubra, a garganta cansada e irritada

Rubra, a cor da vida não julgada