POEMA AO POEMA


O poema é um pentagrama místico
lapidado na pedra talhada denso de
imagens tecendo um tear de
quimeras repertório dos amores,
canta vozes sussurrantes das estrelas.
Poema é messe, manto de um santo,
enígma, sina do vento dentro do vento
que se inflame desejar mais que o acalanto.
Poema ao poema é
corações unidos, etéreo e livre,
esperanças aladas
uma rota ardente e misteriosa
reacende o aroma de rubras rosas, enlaça
em carícias os amantes enamorados.

É o ar que germina
nas folhas porosas da aurora.
Mãos que afagam na fonte do amor.
Acaso no acaso
É paixão na paixão,
inscreve na sorte o seu próprio desígnio
Aos deuses se entrega e
injeta na alma...alento, abrigo de sonhos,
atravessa o deserto
É o Fênix da alma!
Faz o universo despertar em sonhos
transcendentais num constante suspense.