INCÓGNITA
Não pergunte o meu nome.
Ele não te diz nada.
O que sou está além do meu nome,
início, meio...sem fim.
Não tente adivinhar meu nome,
procure me conhecer como um todo
nas profundezas do meu ser.
Sou pequeno e grande,
um mágico da vida...
Uma ilha perdida,
mistério a ser desvelado...
Resultado incerto
de uma busca indefinida.
Não me pergunte aonde vou,
não tenho caminho certo.
Sou um nômade da vida,
vivo à luz do céu aberto,
vivo à mercê do amanhã.
Quer me conhecer?
Vem, senta aqui ao meu lado.
Toma as chaves, abre as portas,
arromba as minhas comportas...
Sê um pouco de mim.
(José C.Ligeski/março/2007)